Você sente dor de cabeça de modo frequente, dificuldade para relaxar e uma ansiedade que parece sempre à espreita? Esses sintomas podem parecer separados, mas na verdade estão mais conectados do que imaginamos: enxaqueca.

Estudos informam que a enxaqueca crônica está frequentemente associada a transtornos de humor, como ansiedade e depressão. Ou seja, o que começa com uma dor física pode se entrelaçar com impactos emocionais — e vice-versa.

Enxaqueca: mais do que uma dor de cabeça

A enxaqueca é uma condição neurológica complexa, que pode incluir sintomas como:

• Dor latejante intensa, geralmente em um lado da cabeça

• Náuseas

• Sensibilidade à luz e ao som

• Alterações visuais (aura)

Mas ela vai além do aspecto físico: muitos pacientes relatam que as crises vêm acompanhadas de ansiedade antecipatória, ou seja, do medo constante de quando virá a próxima dor. Isso, por si só, já impacta a saúde mental.

O elo com a ansiedade

Pesquisas mostram que pessoas com enxaqueca têm maior prevalência de transtornos ansiosos, especialmente quando a dor se torna frequente ou incapacitante. Segundo um estudo publicado em 2023 no periódico Frontiers in Neurology, essa comorbidade pode intensificar os sintomas de ambos os quadros, criando um ciclo de dor, tensão emocional e piora da qualidade de vida.

Além disso, a American Migraine Foundation (AMF) destaca que a ansiedade pode afetar a resposta ao tratamento da enxaqueca, o que exige uma abordagem mais ampla, que envolva o cuidado tanto neurológico quanto emocional.

Por que isso importa?

Compreender essa conexão é essencial para promover um cuidado mais completo e individualizado. Para a Biolab, que atua de forma profunda no sistema nervoso central (SNC), falar sobre enxaqueca é também falar sobre saúde mental — e vice-versa.

Cuidar do corpo é também escutar a mente. E quanto mais cedo essa conversa começa, melhores são as possibilidades de acolhimento, diagnóstico e qualidade de vida.