A sepse é uma das principais causas de morte evitável no mundo, vitimando 1 a cada 5 pessoas. Conhecida como “infecção generalizada”, ela causa 11 milhões de óbitos por ano, segundo os dados da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), já no Brasil, a sepse é a principal responsável pelos óbitos dentro dos hospitais.
Agentes infecciosos, como bactérias, vírus ou fungos, são os causadores da sepse. A infecção pode começar em qualquer parte do corpo, como nos pulmões e, até mesmo, na pele. Quando esses micro-organismos entram na corrente sanguínea, os órgãos precisam trabalhar com suas funções reduzidas, pois passam a receber menos oxigênio. Se não for combatida, ela pode progredir para o choque séptico, estágio mais avançado da sepse, e, consequentemente, à morte se não tratado a tempo.
Embora essa condição possa afetar qualquer pessoa de diferentes idades, existem grupos de risco, como bebês prematuros e crianças com menos de um ano de idade, idosos e pacientes que enfrentam doenças e tratamentos que comprometem o sistema imunológico, portadores de doenças crônicas, transplantados ou hospitalizados que fazem uso de antibióticos.
Outro dado da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) revela que cerca de 670 mil pessoas são diagnosticadas com sepse anualmente no Brasil, dos quais 240 mil acabam falecendo. E, ainda assim, é uma doença desconhecida por mais de 80% dos brasileiros, segundo pesquisa Datafolha realizada em 2017, a pedido do Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS).
Como não existem exames específicos para diagnosticar essa doença são utilizados critérios muito bem estabelecidos, ela é diagnosticada a partir da avaliação de sintomas associados a resultados de hemogramas e coletas de urina, entre outros exames. Por isso, é fundamental ir ao pronto-socorro para que um médico avalie sua condição e inicie o tratamento adequado. A sepse e o choque séptico são emergências médicas que requerem total atenção, o paciente deve ser atendido imediatamente.
Curiosidade: Pensando na importância desse tema para a população mundial, a Aliança Global para Sepse (Global Sepsis Alliance) propôs, em 2012, O Dia Mundial da Sepse (DMS), lembrado anualmente no dia 13 de setembro. No Brasil, quem coordena as ações de conscientização é o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS). As campanhas são voltadas tanto para profissionais da saúde quanto para o público no geral.
É importante ressaltar que as infecções que causam a sepse não são adquiridas só em hospitais. Portanto, os cuidados devem ser mantidos em qualquer ambiente!
Lave as mãos e punhos com sabão ao chegar da rua ou quando for visitar pessoas doentes, mantenha a caderneta de vacinação em dia e não se medique por conta própria, principalmente com antibióticos, isso porque, as bactérias podem se tornar resistentes aos antibióticos disponíveis, fazendo com que se esgotem as opções de tratamento em casos de real necessidade. Em caso de dúvidas, consulte seu médico.
Fique atento aos sinais do seu corpo!
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